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Hoje serei o mais informal, sincero e direto que já fui em todas as minhas publicações. O motivo? Preciso desabafar. A razão? A paciência, ou nesse caso, a falta dela. Pode parecer muito simples para o leitor de fora dá conselhos que lhe pareçam bastante válidos tais como: "vai valer a pena lá na frente!" "a pressa é inimiga da perfeição!" "tudo que é eterno deve ser difícil de conquistar!". Pois bem, mas todos aqueles que já passaram por essa situação reconhecem muito bem que todos aqueles que estão no meio de um furacão não ficam o admirando e em paz pois sabe que independente do tempo que ele dure ou os danos que causem uma hora vai acabar.
Sou atleticano mineiro desde quando me conheço por gente. Não foi direcionamento de meus pais, amigos ou parentes, até hoje só me conheço como torcedor do tal. Mas fomos feitos um para o outro. O atleticano sabe o que é verdadeiramente acreditar no meio do impossível, confiar enquanto todos já estão dando por derrotados, sofrer até o ultimo segundo, ser redimido por aquele jogador que não tem prestígio nenhum, e ver viradas épicas que nem uma produção de Willian Shakespeare e Steven Spilberg seria capaz de fazer.
E não é diferente em minha vida, principalmente na parte sentimental. Há alguns meses escrevi uma crônica intitulada: O dom de Aconselhar em que relatava o quanto tive que sofrer para poder aconselhar outros na vida emocional. E como a célebre frase: "gato escaldado tem medo de água fria." Eu vivo muito com a incerteza de uma nova decepção. E o que mais faz o filme repassar em sua mente é o tempo de espera. Seja isso para arranjar alguém, seja isso para rever a pessoa amada, seja isso até para realizar surpresas e programações. O peso das experiências ruins puxa o meu corpo para baixo na escalada que fazemos até encontrar o verdadeiro amor. E sei que isso não é apenas comigo, por isso retrato de maneira transparente aqui. Porém, retomando ao paralelo feito entre minha paixão futebolística e minha realidade interna, como no campo, também na vida grito a todo o fôlego que independente da situação adversa: Eu acredito! Eu acredito! Eu acredito!
Gostaria de aqui não apenas desabafar situações recorrentes em minha vida, mas sobretudo dar conselhos. Para você leitor, e para mim também, pobre afoito.
1. Hoje é um novo dia, de um novo tempo que começou: Filipe acorde para isso. Como impressões digitais, as pessoas também tem aspectos e resultados diferentes. Isso quer dizer que você e eu não viveremos para sempre levando a zica de fracassar. Quando focamos o passado nos esquecemos que o presente existe para reescrevermos o que de errado aconteceu.
Comece a fazer uma linha reta em um quadro negro só olhando para o tracejado que já fez. Ao fim você verá que ele ficou totalmente desalinhado. Porque enquanto você se ocupava olhando as imperfeições feitas, não se preocupava naquilo que estava fazendo.
Então hoje vamos acreditar no digg-ou da Globo e deixar para trás acontecimentos e pessoas que fracassaram, quem sabe não é dessa vez que Deus está te dando a chance de ser feliz?
2. Quer ser bom? Espelhe-se no vinho: Filipe, mesmo difícil, aprenda a ouvir o professor paciência. O vinho, e outras bebidas de alto valor, são apreciados por causa de sua preparação demorada. Me respondam: será que é fácil para o dono da vinicultura esperar anos sem ganhar nada para aperfeiçoar seu produto até a excelência? Pois bem, temos esse mesmo pensamento imediatista de querer o bom, bonito e barato já. Percebi que quanto mais jovem, mais imediatista somos, e que a vida nos ensina rigidamente que não é bem assim.
Por estarmos tão bitolados às propagandas midiáticas já embutimos na cabeça assim: "Corra para ter um emprego! É só hoje!" "Você não pode perder essa oportunidade de beijar aquela menina!" "Se você não desfrutar de tudo que a vida te proporciona já, amanhã será tarde demais e será ultrapassado!". E isso fica tão fixado em nossas mentes que não queremos saber da relação custo-benefício a longo prazo.
Fácil? Não é. Existirão momentos de desanimo? Sim, e muitos. Mas a vitória só chega para aqueles que oferecem o melhor de si.
3. Quer amar? Então confie: Filipe ela já te provou, registrou e carimbou o quanto gosta de você, mantenha a calma e tenha fé. Ou confie ou não ame. Essa é a máxima do relacionamento. Não existe a separação desses dois termos. Independente do quanto já foi decepcionado, caçoado ou demorado, nunca perca a confiança em quem você deposita o amor. A partir do momento em que não há a confiança total e sincera na outra pessoa o relacionamento não passa de um formalismo. É a confiança que te faz querer inovar a cada dia. É o amor que te faz acreditar que mesmo que as oportunidades e situações pareçam estar propicias para o erro, a outra pessoa não se contaminará.
A paciência requer de você que, as vezes, aja diferentemente do que o mundo julga ser o mais coerente. Ela quer nos ensinar o amor no nível hardcore. O mais difícil. O que quase todos desistem. É muito fácil dizer que ama quando se pode ver todo dia, toda hora, em todo lugar. É bom amar enquanto tudo que você quer tem o aval positivo. Mas quando o amor é provado na chama da espera, da confiança e da paciência, aí sim, pode-se comprovar que aquele amor será eterno, ou apenas uma paixão de verão.
A paciência é cruel. Seu treinamento não permite fracos. Sua duração parece ser de uma eternidade. Porém seus frutos são duradouros, doces e que valem a pena serem vistos e vividos. Esse texto é para todos os Filipe's que existem. Não temam. Não desistam. Não parem. Tenha em ti um pouco do atleticano, quando houver uma camisa no varal no meio de uma tempestade, o atleticano torce contra o vento. É insano? Quase isso. Mas só quem confia no impossível, alcança os milagres que apenas lá existe.
Filipe O. Concercio S.
Imagens: Reprodução/Internet