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50 anos de Ditadura militar se completaram no último mês. Deste fato temos que expor nossa opinião. Não se prender ao que vemos, ouvimos, ou o que achamos do que foi essa época, mas formarmos nossa própria visão, independente se nela vivemos ou apenas ouvimos falar.
Esse trecho do hino que adotei como título nos remete a emoções, já que no peito, lugar que se encontra o coração, é o símbolo delas para nós. Mas, de onde viria à similaridade que quero adotar entre ditadura-emoções? Não apenas denunciar as perseguições e crimes cometidos por esse regime, ou a separação de entes queridos promovido por ele, mas mostrar que as perspectivas olhadas em pontos diferentes mudam de acordo com o foco dado.
Não quero dizer que sou a favor desse modelo repressor da humanidade, como também não posso dizer que dele não há nada que se possa retirar de proveitoso. Gostaria apenas que se fossem abertos os olhos e ouvidos para tudo que aconteceu. Antes de qualquer coisa; sejamos imparciais. O resumo que se dá para relacionar estes dois momentos da história brasileira (Democracia e Ditadura) se resumiria na seguinte frase:
"A ditadura quis reprimir todos os seres ativos que existiam no Brasil,
Já a democracia eleva ao mesmo patamar desses, todos os seres passivos que aqui existem"
(Filipe Oliveira)
Essa é minha visão. Deixarei bem claro nos próximos parágrafos.
A parte ditadora foi responsável pelos anos negros da política e sociedade brasileira, isso já é praxe, e nisso não quero me prender. Partirei para o ponto central de minha tese. Ao expor esta primeira frase, sobre a repressão de seres ativos, quis dizer que ela não aceitava todos os seres pensantes opositores ao seu governo. Mas era esses que faziam o país crescer intelectualmente. E nisso a ditadura falhou. Nunca se vence a massa pela força bruta. Pode-se até subjuga-la, mas ser capaz de controla-la, nunca!
Ao querer amordaçar os artistas, filósofos e pensadores brasileiros o regime ditatorial foi de encontro ao mais instintivo sentimento humano adquirido de seu lado animal: A Liberdade. E quando se meche neste quesito, há um agir irracional, que levanta a massa, faz o povo ir às ruas e requerer seu direito.
Poderíamos até "engolir" o que a Ditadura nos passava, enquanto não mexesse com nosso "prato", mas a partir do momento que ela decidiu tomar a bandeja de nossas mãos e permitir-nos apenas usar seus utensílios, fomos à luta!
(Explicando esse parágrafo acima cheio de metáforas: Poderíamos até aceitar esse novo regime enquanto ele não interferisse em nossos direitos mais naturais, porém ao nos privar disto, querendo impor apenas seu querer, fez mobilizar toda uma nação.)
Já a segunda parte da frase é bem mais subjetiva e atual de se entender. A partir do momento que conseguimos instaurar a Democracia no Brasil, baseado na Liberdade de Expressão, fomos pegos por uma nova sina: Seres Passivos serem colocados com o mesmo destaque daqueles que antes pensavam. Hoje, se dá mais IBOPE, a pessoas que não possuem nenhum, ou pouco conhecimento culto a nos passar, do que a estudiosos prestigiados por todo mundo, mas que em sua própria nação não tem nenhum valor. Isso é uma lástima maior do que a anterior.
Antes quem era símbolo para os jovens no seguimento de seus caminhos eram pessoas dotadas de todo conhecimento para revolucionar seu país a um novo rumo. Enquanto hoje suas maiores influências são pessoas que agem a base de promiscuidade, interesse próprio e insensatez. A visão juvenil hoje é: sexo, dinheiro e vida "loka". O que é isso Brasil? Dá nojo saber que um país com celebridades como: Caetano Veloso, Fernando Henrique Cardoso, Gilberto Gil, Gal Costa, Elis Regina, Luís Fernando Veríssimo, entre muitos e muitos outros, não tem tanta popularidade como outros que fazem sucesso e são de conhecimento de todos, mas que seu grau cultural e intelectual não chega aos pés dessas figuras. (Não darei nomes para evitar processos no futuro).
Quer ver como estamos tão podres? Pouquíssimos conseguiram ler esta crônica até o final, mas se fosse um tema mais curto ou com assuntos que não despertam nenhum pensamento lógico, seria uma eternidade de compartilhamentos.
Não apoio a ditadura, mas saibam, também não apoio hoje o caminho que se estar levando nosso Brasil. Remodelação começa dentro de nós. Vamos buscar uma nova forma de aproveitar nossa liberdade, não ao retrocesso, mas ao avanço, não apenas e simplesmente da economia, mas de todas as áreas, principalmente intelectual. Para podermos, na liberdade, pela liberdade e com liberdade, desafiar o nosso peito a própria morte, por uma Nação que preza sua Sabedoria cultural.
Filipe O. Concercio S.
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