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Fim da tarde na cidade
Fim da tarde na cidade
Retorno eu ao meu lugar
O céu escuro, avermelhado
Esconde-me o luar
No meu corpo o vento vem bater
Esse tempo tão frio não tem como se esconder
Medito na situação que venho a se encontrar
Sozinho, pensativo, sem ninguém para conversar
Recordo as poesias melancólicas de Drummond
Ouço-as como música, sempre entoadas no mesmo tom
Vinícius de Morais, que realidade em suas canções
Será que ainda existe amor nos corações?
Navego nos pensamentos, vou à literatura
Viajo em cada período, pensamento nas alturas
Sobrevoou o mundo das músicas, das artes como um todo
A solidão na paixão, para os autores foi o piloto
Capitão que os guiou na realidade do amor
Eles foram os alunos, desse doloroso professor
Retorno da viagem que internamente fiz
Olá vida real, mudar-te sempre quis
É muito difícil viver em ti
Fazer o que? Daqui não irei partir
O vento frio retorna e volto a pensar
Como resolvê-la? Como acabar?
Um casaco, uma outra camisa poderia vim bem a calhar
Mas prefiro o calor humano, calor que estou a esperar
Quem seria ideal é necessário ocultar
Observo-a de longe, sem muito alarmar
Coraçãozinho aperta por não querer se esconder
Mas o silêncio é necessário, ou quer de novo sofrer?
A filosofia me ensina a seguir a razão
A biologia ensina que aqui dentro bate um coração
A arte ensina as cores do amor
A física ensina que o frio é a ausência de calor.
Riem aqueles que nessa situação não se encontram
Julgam aqueles que por dentro não amam
Entendem aqueles que aprenderam com dor
Identificam-se aqueles que aprenderam com esse horror
Após essa reflexão, prossigo meu caminho
Caminho para casa, ainda permaneço sozinho
Não sei o que o futuro reserva para mim
Não me importa agora, continuarei a prosseguir
Sendo cedo ou tarde, no frio ou calor
Só sei de uma coisa: em uma dessas ruas eu encontrarei o amor
Filipe O. Concercio S.
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